A PSICOMEDICINA

A Psicomedicina é uma nova ciência que surge no processo de mudança de paradigma, que estamos vivenciando no momento presente. A Terra está em profunda transformação, numa mudança de visão que surge naturalmente a partir de uma crise de proporções planetárias. Neste contexto de mudança, surge a Psicomedicina, que tenta trazer uma nova forma de fazer a ciencia médica, devolvendo à medicina a humanidade que foi perdida pela frieza da tecnologia. Vamos ver abaixo um trecho do livro "Psicomedicina, princípios básicos, o amor paterno", do médico Marco Antonio Menelau.

UMA MUDANÇA DE PENSAMENTO

Iniciamos nosso estudo da Psicomedicina, penetrando num mundo antigo, já estudado por diversos cientistas, mas com uma nova visão, com uma nova forma de ver a ciência. Vamos iniciar o estudo do corpo humano, observando ele de cima para baixo, obtendo uma visão transcendental do ser humano, uma visão mais real das Verdades Maiores do Espírito. Vamos tentar compreender o fenômeno da vida, de uma forma integral e não fracionária, percebendo a sutil conexão que existe em tudo e principalmente, constatando a Presença Inabalável de Deus e Suas Leis no objeto de estudo. Neste volume de Psicomedicina, vamos ter como objetivo o estudo o corpo humano, que é o veículo utilizado pela Alma para funcionar no mundo físico. Vamos estudar os outros corpos mais sutis, porém nosso principal objeto de estudo é o corpo denso, que é visto pela ciência como uma máquina fria e pouco inteligente. Vamos perceber que o seu funcionamento segue Leis muito determinadas e tanto a saúde quanto à doença existem com um objetivo maior, funcionando dentro de uma programação maior que engloba a evolução de todo o Universo. 


Este volume de Psicomedicina é o início de uma longa jornada de 12 volumes. Nele se inaugura um novo paradigma, uma nova forma de observar os fenômenos biológicos, e também uma nova forma de estudar o ser humano. A Psicomedicina é uma matéria que se fundamenta na busca da compreensão do funcionamento do corpo humano, através de uma nova visão; mais humana, mais espiritual, mais completa. Ela possui uma origem intuitiva, e busca compreender o corpo humano e as doenças, segundo suas Leis fundamentais, que são as Leis Divinas. O maior pecado da ciência médica tradicional é ignorar as Leis da Saúde e as Leis da doença. Esta ignorância tem um nome: materialismo. A ciência médica acredita na idéia infantil do acaso, como se tudo no Universo existisse sem a concepção e a regência de uma Inteligência Superior. A ciência médica foi fundamentada apenas no conhecimento fracionário de pesquisas científicas altamente questionáveis. Os médicos não compreenderam, nem compreendem as Leis que regem a saúde e o fenômeno da doença. Uma ciência verdadeira só pode existir se conseguir descobrir as leis que estão por trás do objeto de estudo. A Lei vem de Deus e toda ciência é de Deus, toda ciência verdadeira só pode vir de Deus. 


A vida, o milagre maior da existência, doce mistério que encanta e que de tão belo, não pode ser compreendida por uma ciência fria, e torna-se inexplicável pelos conceitos da ciência materialista e analítica. A vida é um mistério muito profundo, que não pode ser desvendada apenas pelo raciocínio lógico dos cientistas. O paradigma clássico se mostra limitado para explicar o fenômeno da vida. A vida precisa ser compreendida com um ar de mistério, com um sentimento, uma emoção. A ciência materialista busca a frieza analítica e com isto perde a humanidade. A medicina de hoje encontra-se estagnada no materialismo e no preconceito dos cientistas. A medicina verdadeira precisa ser uma ciência humana, e não uma ciência exata. E toda ciência humana é inexata por natureza. O que a ciência analítica ainda não descobriu foi que o conhecimento necessita ser integral, e nunca fracionário, que precisa existir uma união entre a razão e a emoção. Que o ser humano precisa ser visto como um Todo Indivisível que integre a mente e o corpo, as emoções e a biologia. Que a análise científica auxilia a compreensão de um determinado objeto de estudo, mas que nunca se deve reduzir o conhecimento ao que foi analisado. A ciência materialista separa, analisa e fragmenta. Isto é bom, esclarece os fenômenos estudados, mas não todos. Qualquer paradigma tem seus limites. Estamos vivendo um período em que o velho paradigma cartesiano se mostra ineficaz para elucidar os fenômenos da vida. Nele o corpo está separado da mente, das emoções, do afeto, como se o ser humano fosse apenas uma máquina complexa. A individualidade é separada dos contextos maiores da vida. E jamais poderemos compreender a causa real das doenças, se estivermos presos aos conceitos limitantes da ciência médica atual. 


O grande problema da medicina hoje é que ela se fundamenta em uma estrutura errada de pensamento. Ao longo deste estudo, vamos analisar os erros fundamentais que fazem com que a medicina seja uma prática paliativa, que não atua na causa das doenças e a sua única ação é na repressão pura e simples dos sintomas. A medicina desconhece a função da doença, sua razão de existir. Presa no materialismo e na frieza científica, a medicina não consegue perceber que a doença tem uma função, um sentido e funciona dentro de uma determinada Lei evolutiva. Com sua ação puramente supressiva, a medicina é como um “peixe nadando contra a maré”, levando seu paciente a um estado de cronicidade que só termina com a morte do corpo físico. Com sua ação infantil e equivocada, a ciência médica termina sendo um empecilho para o real aprendizado da Alma, que necessitou da experiência da doença como um alarme que demonstra que algo não está indo muito bem em sua vida. A nova ciência médica que surge no alvorecer do terceiro milênio, só pode ser verdadeiramente curativa quando incorporar a visão holística e integral do ser humano à sua prática clínica. Este será o processo de mudança da medicina que irá ser totalmente diferente nos próximos 100 anos. 


Estamos adiantados no tempo, quando escrevemos estas linhas. Projetamos o futuro. O que falamos hoje estará nas salas de aula oficiais do próximo século. No futuro, a medicina não convencional, que hoje é discriminada e negada será a medicina oficial, porque o mundo também terá mudado em seu pensamento, principalmente em relação ao conceito de responsabilidade do indivíduo sobre a sua própria vida. 


Estamos num processo de mudança de visão, numa mudança de pensamento global. O nosso planeta Terra está num processo de evolução, terminando um ciclo e começando outro. Este período de mudanças é muito rico, e ao mesmo tempo conturbado. Toda transformação é penosa, mas sempre traz o frescor do recomeço. O nosso planeta está se elevando para um patamar mais santificado, e no futuro teremos uma vida mais feliz. Conhecimentos há muito tempo esquecidos, serão revelados e nosso povo terá uma elevação moral e Ética sem tamanho, e uma evolução que será acompanhada por um salto espiritual. Esta nova era que se inicia traz uma mudança em todos os ramos do conhecimento e também, como não poderia deixar de ser, uma mudança na medicina. A nova ciência médica não poderá ser reducionista e fracionária como é a atual. E isto não implica em negar a ciência tradicional. Isto não implica em rejeitar o paradigma cartesiano, que trouxe inúmeros avanços em todas as áreas do conhecimento humano. A proposta da Psicomedicina não é separar, mas unir. Unir todos os conhecimentos e paradigmas, sem preconceitos. No futuro próximo ninguém irá acreditar numa medicina que pretende curar o corpo sem uma abordagem sobre a Alma. O próprio paciente terá uma mente nova, que não ficará satisfeita com um paliativo, que apenas retire um sintoma. Haverá toda uma compreensão maior do significado e da função do sintoma, e da função da doença dentro da vida de cada indivíduo. O ser humano será visto com mais humanidade pelo médico, que não será apenas um médico, mas também um psicólogo. O médico do futuro será o Psicomédico. 


Num futuro bem próximo a ciência materialista dará lugar a verdadeira ciência, que será integral e espiritualista, compreendendo os fenômenos da vida a partir da realidade de que fomos Criados por Deus e funcionamos segundo suas Leis Maiores que são evolutivas. A ciência irá descobrir a realidade das energias sutis e dos diversos planos de existência. A realidade da imortalidade da vida estará estampada nos jornais. O senso comum terá uma mudança significativa e o que hoje se acredita como certo será no futuro considerado um absurdo! O mundo buscará novos valores que não serão tão materiais. Os olhos deste homem do futuro apontarão para o Alto, para vislumbrar Deus e Suas Leis Maiores. A Terra será um planeta mais harmônico, em que seus habitantes irão viver em um patamar evolutivo mais alto. 


A medicina será muito mais preventiva do que curativa e não irá existir uma satisfação do médico, nem do paciente em apenas eliminar um sintoma, como se isto estivesse resolvendo o problema. Tanto o médico quanto o paciente irão priorizar o aprendizado da Alma e a cura da Alma e não do corpo físico. A medicina será pautada numa busca pelos valores e Virtudes da Alma e não apenas para eliminar um sintoma. A Medicina será um processo de crescimento e evolução pessoal e espiritual. A humanidade irá fazer as pazes com as bactérias, e ninguém irá acreditar mais que elas são “os grandes vilões”. Cada pessoa se sentirá responsável pela vida das demais e principalmente, pela própria vida! Cada pessoa se sentirá responsável pela própria saúde, e também pela doença que possui. A consciência ecológica irá atingir um patamar beatífico. O desenvolvimento será sustentável e outras fontes de energia serão descobertas. O ser humano irá se libertar dos problemas que foram gerados pelo desenvolvimento tecnológico. Esta evolução é inevitável. Felizmente, não existirão meios de se evitar este processo evolutivo. Os métodos não convencionais de cura, que hoje são chamados de alternativos, serão os métodos oficiais e reconhecidos pela ciência. As práticas da medicina dita “alternativa” serão do conhecimento do senso comum. E para que isto ocorra, deverá existir uma mudança no senso comum. Esta mudança acontece com a transformação dos corações e mentes. 










MUDANDO O PENSAMENTO: A QUESTÃO DA RESPONSABILIDADE








Vivemos numa civilização doente, que “agoniza” para se transformar em algo novo. Ela será menos nociva a si mesma e ao Universo. Nosso pensamento coletivo está morrendo para surgir um pensamento novo, mais vibrante, mais consciente, mais alinhado com o Pensamento de Deus. Uma das mudanças mais importantes desta nova era é com relação à Responsabilidade. A maioria da humanidade alimenta um pensamento errado de que não tem responsabilidade sobre sua própria vida. 


O problema básico do ser humano é a Responsabilidade. Se as pessoas fossem responsáveis pelo que fazem, se sentissem a Responsabilidade, não existiria o mal sobre a Terra. A questão da Responsabilidade também é crucial na medicina. O indivíduo quando está doente, se “livra” da Responsabilidade pela própria vida e assume uma posição de “vítima”. A doença quando surge, é como uma “punição” que veio não sei de onde. É como um “azar”, o fruto de um acaso. Esta é a conseqüência inevitável de um pensamento fragmentário e ignorante da realidade maior da vida. A ciência médica ignora e desconhece a verdade maior da existência. Ela negou Deus e Suas Leis, como se o Universo fosse um grande jogo de dados. Ela ignora que tudo na vida tem um sentido, e existe com um propósito, a doença também. 


O indivíduo não se sente Responsável pela doença que tem, e quando sente qualquer responsabilidade a transforma em culpa. A culpa é a distorção da responsabilidade, ela surge como se fosse responsabilidade, mas não é! Na culpa não existe responsabilidade, mas condenação. A culpa é uma falsa responsabilidade, que nada constrói, pelo contrário, só destrói. É um dos sentimentos mais negativos que existem. Nada surge de bom no sentimento de culpa. A Responsabilidade é o oposto exato, totalmente diferente. É péssimo se sentir culpado, é muito bom se sentir Responsável! A culpa é humana, a Responsabilidade é Divina! E a Responsabilidade não pode se divorciar da Liberdade. A Responsabilidade é o preço da Liberdade!


Deus criou a Alma humana e a dotou de Livre Arbítrio. Esta Liberdade implica necessariamente em Responsabilidade. Existe uma Lei Divina que está presente em todo o Universo: a Lei da Ação e Reação. Todo ato implica em uma reação oposta que vai ter o mesmo teor da ação. Se a ação for má, o retorno será mau. Se a ação for boa o retorno será bom. Cada ser humano é inteiramente Responsável pelo que pensa, pelo que sente, pelas emoções que tem e pela sua ação. O ser humano se ilude acreditando que pode agir contra seu próximo, destruindo, roubando, prejudicando e que vai se livrar da responsabilidade dos efeitos de sua ação. O preço da Liberdade é sempre a Responsabilidade pelos próprios atos. 


É por este motivo que no momento em que a Alma insiste em não se responsabilizar pelas loucuras que faz, também começa a perder a Liberdade. A perda da Liberdade é o corretivo natural de quem abusou do livre arbítrio, ferindo o livre arbítrio do próximo. A doença representa o momento em que esta liberdade é perdida. Ela também surge como uma conseqüência do mau uso do livre arbítrio no passado.


Praticamente todo problema humano consiste na ferida do livre arbítrio alheio. A Ética Universal consiste exatamente em se respeitar a Liberdade do outro e em não feri-la. No momento em que isto ocorre, o indivíduo perde sua Liberdade, exatamente para dar valor a ela. No momento em que perde a Liberdade, ele aprende a valorizá-la! 


Quando uma doença surge o indivíduo pensa que ela aconteceu por acaso, que foi fruto de uma má sorte. Não existe sorte ou azar, o que existe é a Lei inexorável da Ação e reação, a ecoar pelos séculos sem fim. Cada Alma individual vive diversas vidas no corpo denso e coleciona nestas existências uma “bagagem” de erros e acertos que irá ser contabilizado em seu “banco celestial”. A doença é na verdade um alarme que chega no momento certo, para tentar ensinar uma lição que de outra forma não conseguiu ser aprendida. A doença é o produto do carma, ela é uma conseqüência dos nossos atos do pretérito. A doença é sempre cármica, no sentido de que ela chega não como uma punição, mas sempre como um “professor” que irá trazer uma lição específica. Este é o conhecimento mais difícil de ser aceito pela maioria das pessoas no mundo de hoje. Ninguém quer se sentir Responsável pela sua doença. Se um sintoma está presente, ele é considerado como algo “equivocado”, que apareceu por “acaso”, ele não seria de responsabilidade do próprio indivíduo. O principal erro da medicina é acreditar que a doença surge sem um motivo e sem uma finalidade e que o indivíduo não é responsável pelos seus sintomas. 


Este é um dos conceitos mais difíceis de serem aceitos pela maioria das pessoas que vivem hoje, mas não será assim no futuro. Esta linha de pensamento leva as pessoas a sentir culpa. Elas não conseguem diferenciar culpa de Responsabilidade. Quando alguém diz que sua doença foi o produto dos seus atos do passado, rapidamente ela vai “cair na culpa” e piorar muito seu estado emocional e afetivo. Ele passa a encarar a doença como uma “punição” de Deus ou do destino. Não é isso que a Psicomedicina advoga! Pelo contrário! culpa não é Responsabilidade! Na culpa a pessoa afunda na dor e no sofrimento, fica estagnada e cria cada vez mais sofrimento; na Responsabilidade ela se arrepende pelo que fez de forma positiva e compreende a lição que precisa aprender com a experiência da doença. A doença desta forma, é o último recurso da Lei Divina, que tudo rege e conduz, para ensinar ao indivíduo alguma lição específica. Este aprendizado é individual, e uma vez que a pessoa consegue aprender, a doença desaparece. E para aprender, o primeiro passo é ser Responsável e não culpado! Para isso, o indivíduo precisa se sentir Responsável pela sua doença. 


A partir do momento em que o paciente se exaure da responsabilidade sobre sua doença, ele perde o seu Livre Arbítrio. Em outras palavras, a Liberdade verdadeira, só pode existir com a aceitação da Responsabilidade! Quanto mais é responsável pelo que faz, mais Livre é o indivíduo. A Liberdade de uma Alma é proporcional ao seu nível de conhecimento espiritual e à sua Evolução. Uma Alma de muito conhecimento, possui mais Liberdade e também uma maior Responsabilidade. 


No mundo de hoje, o nível ainda muito baixo de evolução da humanidade, a torna pouco responsável pelo que faz, e é por este motivo que a medicina que existe no mundo de hoje é uma medicina paliativa, que não atua na causa da doença, e que apenas retira os sintomas. Tudo que se mantém presente no mundo, mesmo estando errado, existe pela permissão e pela necessidade de um grupo que ainda precisa do erro. A medicina alopata se situa neste contexto. As pessoas que não querem assumir a responsabilidade pelo que fazem ou pelo que fizeram e se recusam a aceitar as verdades maiores da existência, e que insistem em culpar algo externo pelo que ocorre em suas vidas, necessita ainda de uma medicina que assuma o controle sobre sua vida, uma medicina que retira pura e simplesmente o sintoma, como se este fosse “algo ruim” que precisa simplesmente ser combatido e eliminado. No momento em que o indivíduo acredita que algo externo, como um remédio químico vai curar ou eliminar sua dor, ele se torna como uma criança, ele está preso, ele é dependente! 


A medicina alopata é um erro que precisa ser corrigido. Mas este processo é dinâmico, e após algumas décadas, tudo será diferente. A medicina alopata é escravizante, tornando as pessoas dependentes de medicamentos e dos médicos. A indústria farmacêutica investe maciçamente em propagandas de todos os tipos, para fazer crer que ela é a única capaz de trazer saúde para as pessoas. Pelo contrário, a indústria trabalha em função do vício trazido pelas medicações, que não curam e apenas mantém a doença “controlada”. Para a indústria de remédios não interessa nenhum método de cura que seja realmente eficaz. É por este motivo que a fitoterapia não é aceita plenamente pela ciência oficial. A ciência médica é manipulada sutilmente pela indústria. Os médicos são ingênuos e cedem facilmente a este tipo de domínio. Um remédio considerado eficaz pela ciência, precisa antes de tudo não curar o paciente! Se um remédio curar a pessoa, ele não mais será necessário, e não alimentará a indústria! A Psicomedicina busca quebrar com este ciclo limitante, criando uma nova forma de atuar diante da doença, trazendo libertação. 


O mundo está num processo de transformação rápida, numa transição de era, e dentro deste processo, quando a humanidade modificar o seu pensamento, também irá surgir essa nova medicina, que nesse momento já começa a “engatinhar” como um pequeno bebê, exatamente porque a mudança de pensamento já está começando. 


Essa nova medicina será “facilitadora” e não “curadora”. Ninguém irá acreditar mais na ilusão de que um remédio químico ou o conhecimento científico de um médico vai “curar” uma doença. Nenhum paciente irá ficar satisfeito em tomar um remédio químico para suprimir um sintoma. Ele não vai ser ingênuo para acreditar que tirar um sintoma é curar uma doença. Ele vai saber que as causas de sua doença se encontram na forma como ele está conduzindo sua vida, em todos os seus aspectos: emocional, afetivo, mental, social e espiritual. Ele vai desejar buscar a causa e compreendê-la. O paciente vai se sentir Responsável pela doença, procurando suas causas e buscando aprender com o processo. Ele vai usar a doença como um caminho para o auto aprimoramento, e o crescimento pessoal. No caminho da cura irá aprender uma lição e modificar seu pensamento, seu afeto e suas atitudes. 


O paciente abandonará sua posição passiva em relação à doença e à própria cura e será um elemento ativo em todo processo. Ao perceber que foi o causador de sua doença, também irá perceber que só ele pode curar verdadeiramente sua doença através de uma mudança nos hábitos de vida, no aprendizado de uma lição específica que o Psicomédico vai ajudar a descobrir. O paciente vai saber que ele precisa agir, ser ativo no processo, e conquistar sua cura, como quem conquista um tesouro real. A doença chegou porque algo precisa ser modificado na forma de pensar e de viver. 


A cura verdadeira só acontece quando é espiritual. Ela representa um realinhamento com o Pensamento Divino, quando o indivíduo começa a pensar como o pequeno deus que é filho do Deus Maior. Neste momento a cura pode ser considerada como uma mudança de pensamento, uma nova concepção de vida, que condiz com os valores do Reino de Deus, os valores da Verdade. No momento da cura, o ser individual se reintegra às Leis Divinas e ao se realinhar com as Leis, ele se torna um com a Natureza, vibrando no Amor, e ressonando todas as Virtudes da Alma. Ele se torna integrado à sua Alma. 


Deus nos criou para sermos pequenos deuses, e não miseráveis sofredores. Nós escolhemos este caminho do sofrimento, exatamente porque temos o livre arbítrio e o usamos mal. Um pequeno deus é um co-criador da Natureza, vivendo numa infinita felicidade e Paz. No nosso mundo percebemos que a humanidade é composta de bilhões de miseráveis, que esqueceram que são pequenos deuses!


Enquanto existir a medicina da mentira, que usa remédios para tentar esconder a verdade trazida pelos sintomas dolorosos, o ser humano irá continuar sua saga de miséria. A medicina é supressora de sintomas, usando todo o conhecimento e ciência para simplesmente retirar os sintomas, e manter a mentira, manter uma vida equivocada. A doença é um alarme, é um poderoso recurso da Natureza para tentar forçar uma mudança de rumo necessária na vida do indivíduo. A cura vem exatamente deste processo de aprendizagem. 


É esse o pensamento que precisa ser incorporado ao senso comum. Somos Responsáveis pela nossa vida, inteiramente Responsáveis por ela. Isto é a essência da Liberdade. Não podemos fugir do fato que somos Livres e esta Liberdade implica em Responsabilidade sobre nós e sobre toda a humanidade. Somos Responsáveis quando escolhemos, e somos Responsáveis quando somos omissos e aceitamos que outros escolham por nós. Em ambos os casos, mesmo quando somos omissos não conseguimos escapar da Liberdade. Quando permitimos que alguém faça algo errado conosco estamos sendo cúmplices. Na verdade somos sempre Responsáveis, e esta Responsabilidade não é culpa! Esta Responsabilidade é maravilhosa, ela nos preenche de vida, ela é a expressão do pequeno deus! Quando um indivíduo se sente Responsável ele quer consertar o erro, mudar, se transformar. Ele se preenche de uma força positiva repleta de bençãos. 


Quando o indivíduo se recusa a assumir a Responsabilidade que tem pela sua doença, ele também perde sua liberdade. Fica escravo dos médicos, dos remédios, de uma verdadeira “indústria da doença”. Ele deposita toda a responsabilidade pela sua cura nas mãos do médico, como se a sua forma de agir, de ser, de se relacionar com as pessoas, enfim, como se a forma como administra sua vida não tivesse nenhuma relação com sua doença. 


A medicina alopata paliativa faz uso de remédios que viciam o organismo, que se acomoda e vai gradativamente perdendo a força vital. Como poderíamos acreditar que um remédio químico, dado ao paciente para baixar sua pressão, e que necessita ser tomado para o resto da vida, curou a doença? É assim com toda a medicina alopata! Os remédios não curam, apenas retiram o sintoma por um tempo, mas depois nem fazem tanto efeito sobre o corpo, porque ele já criou uma tolerância ao remédio. Além disso, esses medicamentos viciam o organismo, que cada vez mais fraco, se torna mais dependente de toda essa química. Esse é o alimento da “indústria da doença”. Por outro lado, não podemos retirar o valor destes remédios, principalmente nas urgências, quando se fazem necessários para aliviar sintomas terríveis. 


O médico se torna um parceiro da indústria, absorvendo uma responsabilidade muito grande sobre a vida do seu paciente. Ele fica assoberbado pelo orgulho que a ciência médica lhe confere, e acredita na ilusão de que ele é o grande curador! Ele “rouba” de forma inconsciente a responsabilidade que deveria ser do paciente. A responsabilidade pela cura deve ser compartilhada entre o paciente e o médico e nunca deve ser depositada totalmente no médico. Isso acontece principalmente quando o médico é famoso, e estudou muito, graduando-se em universidades famosas com mérito. Ele usa deste poder intelectual para vender a imagem de que é muito “competente” e que só isso basta para a cura de qualquer doença. O paciente, no seu desespero, deposita toda sua esperança no médico “salvador”, e negligencia a lição que precisa aprender com a doença, e não consegue entender o motivo da doença existir e o sentido que ela tem em sua vida. Toda a falta de conhecimento espiritual do médico contribui para a perpetuação do mal. 


A cura verdadeira só pode existir com uma participação ativa do paciente, com o bom uso da sua liberdade. A liberdade é o maior valor que existe, e nunca deve ser ferida. É por este motivo que o Alto Espiritual respeita tanto o livre arbítrio. A Ética Universal se fundamenta no respeito ao livre arbítrio do próximo. E a liberdade precisa ser cedida para que alguém possa interferir nela. O médico, além de outros profissionais, recebe uma “licença” para interferir no livre arbítrio do paciente, e esta licença é correta e permitida pelo Alto. Quando uma pessoa vai ao médico ela está cedendo seu livre arbítrio, pedindo ajuda. Quando um paciente pede ajuda ao médico ele está permitindo que o médico interfira para ajudá-lo. Este tipo de relacionamento é saudável, desde que a Responsabilidade pela doença seja compartilhada pelos dois, médico e paciente, e nunca depositada apenas no profissional da saúde. 


O médico assume exageradamente a postura do “curador”, do “homem de conhecimento” que irá salvar o paciente do seu sofrimento. É o tipo de relação onde começa a existir um certo paternalismo, e um excesso de responsabilidade do médico que assume mais do que devia, a porção de livre arbítrio cedida pelo outro. O médico “veste a camisa” do salvador tecnológico, cheio de conhecimentos técnicos, que vai livrar o paciente, de forma milagrosa das dores que o próprio paciente provocou pelos erros do pretérito! Isto é uma ilusão! Tanto é que a medicina alopata não cura doença nenhuma, sendo apenas um paliativo, uma medicina de suprimir sintomas. Nunca vai existir uma medicina curadora, se não houver uma conexão da ciência médica com a ciência espiritual! 


O médico do futuro irá ser o facilitador de um processo de cura. É o próprio paciente que vai se curar através do médico e de seu conhecimento! Este processo é completamente diferente do que acontece nos consultórios alopatas. O médico do futuro, o psicomédico, será uma espécie de “xamã” moderno, despertando em seu paciente os seus próprios meios de auto cura, e isto não deixa o paciente dependente, como acontece na alopatia. Nela, a doença retorna de tempos em tempos e o organismo cada vez mais depauperado, resiste desesperadamente a drogas cada vez mais potentes para suprimir os sintomas, que na verdade são alertas! Na abordagem psicomédica o paciente é Responsável pela doença, então ele também é Responsável pela cura! Por ser Responsável pela sua cura, isto não significa que o indivíduo precise ficar sozinho, e atravessar o processo de aprendizagem na solidão! Pelo contrário, a figura do Psicomédico é a do facilitador, daquele irmão que auxilia o outro, a que ele próprio possa se curar!


A PSICOMEDICINA: A MEDICINA DA LIBERTAÇÃO










Responsabilidade implica necessariamente em uma Libertação. A proposta da Psicomedicina é libertadora para a Alma Humana. Na alopatia ocorre o contrário. Os pacientes ficam dependentes dos médicos, dos planos de saúde e dos remédios. O médico se torna imprescindível, exatamente porque a relação entre médico e paciente é uma relação de dependência mútua. A partir do momento em que o paciente não tem consciência de sua Responsabilidade sobre sua doença, ele também não vai ser livre para se auto curar, sem depender de ninguém, de nenhum remédio. No momento em que ele toma consciência das causas reais de sua doença, e começa a agir para modificá-las, ele se liberta. A cura surge como uma conquista definitiva. Isto não implica em se negar totalmente a alopatia ou o cuidado médico! Os médicos são imprescindíveis, mas num outro tipo de relação. A alopatia é necessária apenas como um suporte temporário, uma “muleta” que precisa ser retirada o quanto antes, quando o paciente já conseguir “andar” com as próprias pernas. O grande erro da alopatia é manter um tratamento de dependência por um tempo muito longo. O médico, o psicólogo ou outro profissional de saúde precisam ajudar o paciente, mas não deixá-lo dependente do tratamento, retirando dele sua autonomia de buscar e manter a própria cura. 


A Psicomedicina busca devolver ao indivíduo a sua capacidade de “andar com os próprios pés”. Neste sentido não estamos descartando a alopatia, nem negando seu valor. Estamos querendo abarcar todas as terapêuticas, inclusive a alopata, que é muito útil para ajudar o paciente em momentos críticos. A Psicomedicina reserva a alopatia e seus remédios químicos para as emergências. Nos quadros agudos a alopatia é fundamental. Mas para tratar cronicamente as doenças, a alopatia se revela bastante limitada. O pior é que tanto os médicos, quanto os cientistas, insistem em negar qualquer outro tipo de tratamento, que não se enquadre nos ditames da indústria farmacêutica.


No momento da doença, o paciente perdeu seu livre arbítrio, ele não consegue mais dominar o próprio corpo. Em algum nível, seu corpo está fora de controle. Este descontrole gera inevitavelmente uma perda de domínio do indivíduo sobre si mesmo. Podemos observar este fato de forma marcante, nas crises epilépticas, nas dores lancinantes, nas doenças metabólicas como a diabetes. A doença escraviza e é limitante. A alopatia devolve o bem estar ao paciente, e retira sintomas limitantes de forma artificial. Isto é bom por um tempo, mas não pode durar muito. A doença necessita de um tratamento que ataque as suas causas mais profundas, para que ocorra uma cura real, definitiva, completa. Esta cura acontece quando são tratados todos os contextos do ser humano: o mental, o emocional, o afetivo, o social, o familiar, o filosófico e o espiritual. O corpo biológico é apenas a “ponta do iceberg” de todos estes contextos.


A doença se fundamenta através das crenças limitantes, que foram engendradas ao longo da vida, e inseridas na mente como uma programação. Estas crenças precisam ser modificadas e trocadas pelas crenças libertadoras, que podem ser acessadas numa conexão com a própria Alma. Estas crenças libertadoras são a própria Verdade, demonstrada pelo Mestre Jesus em sua passagem pela Terra. A Verdade citada pelo Mestre traz a boa notícia de que somos feitos para o Amor e a Felicidade, e que tanto o sofrimento e a doença são temporários. Quando acreditamos no Conhecimento maior trazido pelo Amor, que está presente em nós mesmos; quando acreditamos que somos Luz Divina, e que nascemos para a felicidade; nós teremos conhecido a Verdade citada pelo Mestre Jesus, e desta forma nos libertamos da dor e do sofrimento. A proposta terapêutica principal da Psicomedicina está na implementação das crenças libertadoras, que dissolvem e anulam as crenças limitantes que são uma mentira e que por este motivo não podem durar eternamente. O Criador nos dotou do livre arbítrio e podemos usar este poder para curar a nós mesmos. Foi este o sentido da frase do Dr. Edward Bach, o pioneiro na divulgação da medicina floral em nossos dias, quando afirmou “cura-te a ti mesmo”. 


Dentro da Psicomedicina, a alopatia pode ser utilizada como um suporte temporário, como uma “chance” para o livre arbítrio do indivíduo! Sabemos que a doença é o fruto do mau uso do livre arbítrio, e com o aparecimento dos sintomas esta liberdade é perdida temporariamente, para tentar ensinar ao indivíduo esta lição do erro cometido. A busca pela cura já é uma forma de bom uso do livre arbítrio, de uma correção de rumo, de um conserto de algo que estava errado. A doença traz Humildade, e retira o indivíduo da soberba, do orgulho, da vaidade. A doença iguala todos os seres humanos, porque nela todos são absolutamente iguais. Os leitos de morte podem ser diferentes, mas a morte é a mesma. Os hospitais podem ser luxuosos ou miseráveis, mas a dor é a mesma! 


A cura vai ser então o resultado da modificação do pensamento, que estava desviado de sua origem Divina. Quando o paciente volta a pensar de forma alinhada com a Lei de Deus, com a Verdade, então temos a Cura Real de toda e qualquer doença. A crença libertadora dissolve todo o mal. Este é o “conhecereis a Verdade e ela vos libertará”, citada no Evangelho do Cristo. Com a modificação da mente e dos sentimentos e das atitudes, a liberdade é então restabelecida, pois só pode receber a liberdade quem é totalmente obediente as Leis Maiores da Vida!


O Criador dotou nosso corpo físico da capacidade de se auto curar, sem precisar de nenhuma droga química externa. Nosso corpo possui a capacidade de produzir por ele mesmo os analgésicos, antibióticos, antiinflamatórios, e todas as outras substâncias necessárias para a saúde e o bem estar. Os animais possuem esta sabedoria intrínseca, própria do seu instinto atávico. Os animais quando estão doentes procuram as ervas mais adequadas para sua cura. Eles vão até o mato, cheiram cada planta e encontram a que vai lhe curar completamente. O ser humano se diz evoluído e mais avançado que os animais e perdeu esta simples capacidade de auto medicação. Por este motivo é interessante o uso da alopatia nos quadros emergenciais, mas é necessária uma atuação terapêutica em todos os contextos nos quais o ser humano está inserido, e que fazem parte dele: o emocional, afetivo, mental, familiar, social, filosófico e espiritual. Somente desta forma o ser humano pode se reconectar à Natureza, o que significa uma conexão espiritual plena. Os animais estão conectados à Natureza, e se tornam parte Dela. Esta conexão promove este tipo de auto cura. O grande problema do ser humano está no livre arbítrio, que gerou esta desconexão dele com a Natureza, como se ele pudesse existir isolado do mundo natural. Sem a Natureza o ser humano não pode sequer sobreviver por um segundo. Quem produz o oxigênio, fonte primária da vida? 


A Natureza é um grande ser vivo, e os seres humanos são uma pequena célula dele. Nosso corpo é capaz de reconhecer a bioquímica de uma erva do campo, pois esta planta possui uma ciência natural, produzida pela Sabedoria de Deus, e que vai ser uma fonte de vitalidade para ele. Os remédios químicos pelo contrário, são sempre “corpos estranhos” que entram no organismo e precisam ser eliminados. Os remédios fitoterápicos não são eliminados, mas absorvidos e integrados no metabolismo do corpo. Eles não agem apenas em um órgão, mas sua ação terapêutica é completa, atuando no organismo inteiro, através de vários princípios ativos. Esta é a Sabedoria de Deus presente no mundo natural. 


As drogas produzidas pela alopatia podem ajudar o organismo, mas apenas num tempo bastante curto. Na concepção da Psicomedicina estes medicamentos químicos devem ser usados apenas como um artifício para retirar o indivíduo de um grande sofrimento e de uma grande limitação. A Psicomedicina reserva os medicamentos alopáticos para as urgências e emergências. Para tratar as doenças, para curar de verdade, precisamos ampliar a visão e romper com o paradigma cartesiano da ciência médica. Precisamos admitir a conexão que existe entre o fato médico, a doença e todos os outros contextos do ser humano, o mental, emocional, e também o espiritual. A Psicomedicina tenta abarcar o Todo do paciente, desde a biologia ate à teologia. 


O erro da medicina alopata está no uso das drogas químicas, como se fossem curativas, pois elas não são. E o pior é que os órgãos governamentais como o FDA americano, são manipulados pela indústria farmacêutica, que faz uma propagando mentirosa, afirmando ser a única detentora dos meios de cura. Os médicos, por medo ou acomodação, não questionam o sistema, mantendo as pessoas doentes, através de remédios que impedem que o organismo se auto cure. Estes remédios são criteriosamente estudados para dar lucro. Os remédios realmente curativos são descartados, porque afinal, se uma pessoa se cura, como ela vai dar lucro à indústria? A medicina dita “alternativa” é colocada em segundo plano, como se fosse “não científica”, somente porque não preenche os critérios ditados pela comunidade de cientistas. Remédios comprovadamente eficazes são esquecidos e não são comercializados, porque não interessam ao sistema do lucro. 


Quando a medicina alopata dá ao corpo as drogas por muito tempo, o organismo começa a ficar indolente e termina por cair num estado de dependência, parando de produzir os remédios endógenos que ele antes produzia. Com isso, o corpo perde sua capacidade de auto cura. Este mecanismo de tolerância e dependência é fundamental para manter a indústria farmacêutica como um dos maiores negócios do mundo. Na Verdade, a saúde das pessoas é algo tão sagrado, que não poderia ser um negócio para a obtenção de lucros. No futuro, a indústria farmacêutica irá se fundamentar em outros paradigmas, não buscando apenas o lucro, mas colocando em primeiro plano a busca pela cura real das doenças. A partir do momento em que não mais produz as substâncias necessárias, o organismo termina por ficar dependendo destas mesmas substâncias vindas de uma fonte externa. Este é sem dúvida, o mecanismo do lucro incessante de trilhões de dólares, que a indústria farmacêutica obtém em todo o mundo. 


As medicinas não convencionais como a medicina floral, a homeopatia, e outras abordagens curativas fazem o processo inverso. São medicinas libertadoras, ajudando a despertar no organismo sua própria capacidade de auto cura, para que ele não necessite mais de médico ou de qualquer droga química. Este é o sentido maior da libertação que as medicinas não convencionais proporcionam. Por este motivo, elas não são consideradas importantes, e são relegadas a um segundo plano. No futuro próximo, com as modificações que estão sendo implantadas na Terra, estas abordagens não convencionais serão oficiais, e estarão em primeiro lugar. A Psicomedicina dá um salto ainda maior, ela propõe a cura pela modificação do indivíduo como um todo, em todos os seus aspectos mental, emocional, afetivo, social, profissional, familiar e espiritual. Para a obtenção deste nível de cura, precisamos de uma abordagem multidisciplinar, onde diversos profissionais irão trabalhar em conjunto, para ajudar a pessoa a reencontrar seu caminho evolutivo, voltando a ser pacífica, tranqüila, amorosa criativa, e bondosa. A Psicomedicina advoga que no momento da doença, algo precisa ser modificado na vida da pessoa doente. A doença é um alarme que denuncia que algo está errado. Os sintomas, o órgão acometido, a forma como o sofrimento se apresenta, tudo isto nos dá uma “pista” para que se possa descobrir onde está o erro. A doença é um caminho de auto conhecimento e auto aprimoramento. É um desafio que incita ao crescimento pessoal. A doença, bem como cada sintoma dela, possui um significado, uma simbologia. A doença fala! Ela comunica o erro, ela denuncia! A Psicomedicina consegue fazer esta tradução da linguagem do corpo, dando ao paciente todas as condições, para que possa despertar a consciência, para o que precisa ser corrigido em sua vida. A Psicomedicina ataca a doença na sua raiz, dissolvendo o pensamento errado que causou a patologia! Esta é a Verdadeira Libertação!


A medicina alopata escraviza o corpo, através do vício criado pelo remédio químico. A personalidade se torna escrava deste vício, e após alguns anos, temos uma situação difícil de ser revertida. O corpo está tão viciado nos remédios que somente com muita força de vontade e dedicação é possível uma libertação. A Alma fica presa na ilusão de que ela não pode se autocurar, que sua cura depende de alguém ou de alguma droga externa. O corpo perde sua capacidade de autocura, ficando dependente de remédios que ele mesmo poderia produzir. Mas isto acontece quando a alopatia é usada por muito tempo, e da forma equivocada. A partir desta afirmação não descartamos o uso da alopatia. Os remédios alopáticos podem ser úteis, se forem bem utilizados como artifícios temporários para auxiliar no processo de recuperação do indivíduo, com o cuidado de não provocar dependência. Esta consciência de que o remédio é apenas um “artifício” não pode ser perdida pelo psicomédico. 


O grande erro da alopatia está nela acreditar e afirmar que é a única terapia eficaz, e a única abordagem, a ciência “completa”. A partir desta concepção cria um preconceito com toda abordagem que fuja do paradigma cartesiano, limitado pelo tempo e pelo espaço. A alopatia é uma medicina industrial, que visa o lucro que é obtido através da perda de muitas vidas, porque está sendo mal usada. A alopatia é produto do capitalismo e vive em função dele. Todo ano, trilhões de dólares são movimentados na indústria da doença. Quem está lucrando com isto? Estes magnatas vão querer que uma medicina libertadora possa surgir? A proposta da Psicomedicina é libertadora. Esta nova ciência de cura visa libertar o corpo de todas as drogas despertando nele a capacidade de produzir seus próprios medicamentos. Nosso organismo é o maior laboratório vivo da Natureza, e isto não pode ser negligenciado. Esta nova ciência visa libertar a Alma humana, despertando nela a consciência de que Ela é capaz de se auto curar, exatamente porque foi a própria individualidade que ficou doente, agindo contrariamente às Leis Maiores de Deus. Nesta compreensão observamos a união entre a ciência médica e a espiritualidade. Percebemos que a cura do corpo precisa coincidir com a cura da Alma.


E neste contexto a Psicomedicina também vai utilizar as drogas da alopatia, só que sabendo usá-las, apenas como artifícios, nos momentos de crises difíceis, nas urgências e emergências médicas, até que o tratamento real possa devolver ao indivíduo sua própria capacidade de auto cura! No fundo, todos os recursos terapêuticos, sejam homeopatas, alopatas, fitoterápicos, florais, todos são artifícios. A cura real, definitiva e verdadeira, surge como uma dádiva, uma conquista da Alma. Ela só acontece quando a pessoa modifica seu pensamento, sua mente, seu conjunto de crenças, retornando ao seu estado de Bondade e Pureza interiores. Quando ela desperta para a Verdade, e fica plena das crenças libertadoras. Este estado de cura profunda se confunde com o crescimento pessoal, com o aprimoramento da Alma, que se aproxima cada vez mais de Deus e de Sua Verdade. Não é possível uma ciência médica verdadeiramente curativa que se afaste de Deus. Não é possível uma cura real, plena, definitiva sem um despertar da consciência, para a realidade espiritual da vida, para o fato de que somos seres espirituais vivenciando uma experiência humana. 


Neste sentido a Psicomedicina é realmente holística, pois abrange várias ciências, inclusive a ciência espiritual. Apenas a forma de se encarar a doença e o doente irá mudar, e a ciência médica não irá funcionar em função do lucro de alguns poucos, mas em função do crescimento e da evolução do homem e da humanidade. Neste sentido a Psicomedicina busca realizar o mais alto ideal de cura: transformar o ser humano por dentro, elevando sua condição moral, afetiva e ética. Levar o indivíduo doente ao encontro com sua Alma, com seu ser Divino, e nesse encontro promover o crescimento da pessoa! No futuro a medicina não irá se preocupar em simplesmente retirar um sintoma, mas em ajudar o indivíduo a crescer como Alma Imortal, no caminho para Deus, e no reencontro de cada ser individual com a sua essência mais verdadeira. A medicina do futuro será a Medicina do Espírito! O objetivo da medicina será bem mais nobre. Quando esta cura ocorre o sintoma desaparece naturalmente, sem força. O desaparecimento do sintoma se deve a sua não necessidade de existir! Quando esta cura acontece, o sintoma não retorna mais, ele é definitivamente debelado. Este objetivo é muito nobre, e não cabe nesta indústria ambiciosa de nossos dias. Esta nova medicina, a Psicomedicina, se projeta para o futuro, quando o nosso planeta não será mais um mundo de sofrimento. Esta medicina é do futuro e suas sementes precisam ser plantadas hoje, no solo fértil das novas gerações que surgem para mudar nossa querida Terra. Este processo não é apenas um processo de libertação do corpo, mas fundamentalmente uma libertação da Alma Humana, que só irá se completar quando Ela soltar as amarras do plano material e de suas paixões. Neste sentido a medicina precisa se espiritualizar. Ela precisa ser uma ciência espiritual, pois o futuro de toda ciência repousa nesta profunda transformação!





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